domingo, 18 de dezembro de 2011

UM SONORO NÃO A BELO MONTE



Antes de mais nada, esses versos

São pra dizer à Consciência Nacional

Que o verdadeiro Ordem e Progresso

Se principía no respeito ambiental

Dizer “não” à projetos impactantes

Que agridem os Filhos dessa Nação

É ser contra iniciativas degradantes

Que só trazem vantagens pra patrão

Belo Monte, projeto sujo faraônico

Irá produzir gás metano também letal

Ene vezes mais nocivo que o carbônico

Piorando mais o aquecimento global

E diante desse projeto degradativo

Povos da nossa amazônica região

Apresentam infinidades de motivos

Pra dizerem claramente sonoro “não”

Além dos desassossegos terríveis

Provocados por essa mega construção

Ela trará Impactos Irreversíveis

Nos rios, na fauna, na vegetação

Belo Monte um projeto tão perverso

Que agredindo os Movimentos Sociais

Já enfrenta toneladas de processos

Inclusive em Cortes Internacionais

Em torno do rio Xingu têm etnias

Gente linda, guerreira, de bem

Que vive sem aquela maldita mania

De tá cobiçando algo de alguém

Gente amiga dos rios, das matas

Ao contrário de uma raça chacal

Reacionária, nojenta, tecnocrata

Sanguessugas no Planalto Central

A gente do Xingu que hoje clama

Contra esse monte de complicação

Jamais se envolveu em mar de lama

do IBAMA, de cuecas, de mensalão

O próprio Xingu irmão dos ventos

Vive hoje cheio de preocupação

Vendo peixes, principal alimento

Com risco de diminuiçao, extinção

O Xingu das Comunidades Primitivas

Vê o governo negando a participação

De Lideranças Indíginas nas OITIVAS

“a obrigatória mesa de negociação”

Negando a participação de lideranças

A respeito da faraônica construção

Governo comete outra grande lambança

Contra os históricos donos desse chão

E a Estrela Vermelha que no passado

Foi tão defensora da causa ambiental

Hoje em caravana caminha lado a lado

Com empreiteiras companheiras do capital

Caminhando lado a lado com empreiteiras

Cujo compromisso é poluir, devastar

Tal Estrela comete as mesmas sujeiras

Políticas do período de regime militar

Ah, Vermelha, ex Estrela libertária

A poesia hoje tristemente te vê

Caminhando com gentalha reacionária

É uma pena que o poder cegou você

Os verdadeiros amigos do rio, da mata

Sabem que o belo monte de enganação

Longe de gerar energia limpa e barata

Irá levar super tarifa pra população

Aqui temos os maiores especialistas

Gente que entende de Constituição

E temos os nativos ambientalistas

Que sabem tudo sobre essa região

Gente que quer viver tranquilamente

No direito divino do USOCAPIÃO

E que é conhecedora perfeitamente

Dos riscos de catastrófica inundação

Que deixem o rio Xingu e suas matas

Lá no lugar devido, recanto da paz

E façam usinas onde o raio parta

Os gabinetes burocratas ministeriais

Que o IBAMA fiscalize as muitas tramas

em torno de si e dessa suja construção

e busque interferir nos rios de lamas

nas beiradas da negociata, corrupção

Jetro Fagundes

Farinheiro Marajoara


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