quarta-feira, 30 de novembro de 2011

CAROS AMIGOS

Prezados (as),Saudações.
Já está nas bancas a nova edição da Caros Amigos. Destacamos na capa a entrevista exclusiva que fizemos com o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, ex-secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores no governo Lula e atualmente Alto Representante do Mercosul. Ele faz uma ampla análise da política exterior do Brasil, defende as mudanças adotadas pelo Itamaraty nos governos Lula e Dilma e rebate críticas ao papel do Brasil no Haiti e na América Latina.
O embaixador conta que se filiou recentemente ao PT, que se considera politicamente de esquerda e que não é anti-americano, mas a favor dos interesses brasileiros.
Outra excelente reportagem mostra que o plano de reforma agrária do governo federal foi totalmente abandonado pela atual gestão, que em 2011 foram assentadas pouco mais de seis mil famílias – um número ridículo diante das 180 mil famílias acampadas à espera de um pedaço de terra para trabalhar. O mais grave é que o próprio INCRA já cadastrou grandes propriedades rurais com área superior a 130 milhões de hectares improdutivos – e que poderiam ser desapropriados para novos assentamentos.
Também relacionada com a questão da terra, outra reportagem relata – com precisão e detalhes – como está a situação, hoje, no município de Anapu, no sul do Pará, onde ocorreu há seis anos o brutal assassinato da missionária Dorothy Stang, conhecida defensora do manejo sustentado da floresta. De novo, após a retirada da Polícia Federal da região, o ambiente em Anapu é de grande tensão, entre grileiros, madeireiros, posseiros e trabalhadores rurais. Uma verdadeira bomba prestes a explodir.
Destacamos também, nesta edição, uma reportagem e dois ensaios fotográficos sobre a onda de protestos contra o capitalismo, desde o 15-M, na Praça Porta do Sul, em Madri, até o 15-O, que realizou manifestações em mais de 900 cidades pelo mundo afora, inclusive em São Paulo, e em Bruxelas, na Bélgica, onde aconteceu um encontro internacional de manifestantes. Está claro que existe um ambiente internacional de descontentamento generalizado do modelo econômico neoliberal e dos regimes ditos democráticos, mas que na prática não dão a menor bola para as demandas democráticas dos povos.
A Caros Amigos contempla outras reportagens, entrevistas, artigos e análises de excelentes colaboradores, entre os quais Joel Rufino dos Santos, Renato Pompeu, José Arbex Jr., Sérgio Vaz, João Pedro Stedile, Emir Sader, Gershon Knispel, entre outros. Veja também o perfil de Milton Babosa, conhecimento militante da luta antirracista, e o belíssimo artigo do historiador Mário Maestri sobre o historiador argentino León Pomer.
Uma edição memorável. Vale a pena conferir.
Abraços.
Hamilton Octavio de Souza
Editor

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SEM MAIS DELONGAS


CAPANão dá mais para adiar: o Brasil precisa enfrentar e desmontar
o oligopólio da mídia. Já está claro, para boa parte da sociedade,
que o aperfeiçoamento e o funcionamento da democracia
– mesmo nos marcos do capitalismo – pressupõem a democratização da comunicação social.

O modelo vigente de concessões da radiodifusão possibilita a
concentração de emissoras de rádio e TV nas mãos de alguns poucos grupos empresariais, os quais controlam a informação, restringem a liberdade de expressão, influenciam decisivamente na vida cultural, política e social do povo brasileiro. Mais do que isso: o atual sistema burla a vontade popular expressa na Constituição de 1988 e representa uma ameaça efetiva para a diversidade cultural e política.

A sociedade brasileira é testemunha do partidarismo e da manipulação dos meios nas eleições. Não faz o menor sentido que
o serviço público de radiodifusão, operado mediante concessão,
seja utilizado por interesses particulares para favorecer partidos
e candidatos do agrado dos grupos econômicos, religiosos e políticos.Está na hora do Brasil aperfeiçoar os critérios de controle
social da mídia.

A sociedade é testemunha, também, do uso dos meios para criminalizar os movimentos sociais, as populações negras, faveladas e pobres em geral. Há muito tempo que a grande mídia tem sido conivente com as violências do Estado contra os segmentos populares, ao mesmo tempo em que sonega e omite informações e fatos relevantes para o desenvolvimento nacional.

A edição especial da Caros Amigos fornece aos leitores
uma coletânea de reportagens e artigos sobre a atual situação
da comunicação, aponta os grandes nós e desafios, compara com
as saídas construídas em outros países e mostra as várias alternativas e frentes de luta para melhorar, aperfeiçoar e – principalmente – democratizar o sistema de comunicação no Brasil.

Esperamos, com isso, contribuir para a reflexão e o debate.

A edição especial está nas bancas! Vá em frente!


Revista Caros Amigos

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

LUIS FERNANDO VERÍSSIMO PENSA EM PARAR DE ESCREVER

Aos 75 anos, o escritor diminui o ritmo e diz que está mais para depressivo do que para bem-humorado. O escritor LuisFernando Verissimo é famoso por seus textos de humor e pelas sátiras de costumes que publica em jornais de grande circulação. Comédias da Vida Privada, uma antologia de crônicas engraçadíssimas, publicada em 1994, por exemplo,virou até uma série da TV Globo em 1995. Por causa desse talento em fazer rir, fica difícil acreditar quando o próprio autor afirma que não tem vocação humorística. "O que eu tenho é a técnica para escrever textos divertidos", diz ele. "Mas meu jeito de ver as coisas está mais para depressivo", completa. De fato, esse lado depressivo do escritor não aparece em suas obras (são, ao todo, 500 mil exemplares vendidos no País). Seu último livro, Em Algum Lugar do Paraíso, é composto por 41 crônicas, a maioria delas publicada nos últimos cinco anos, no jornal O Estado de S. Paulo. Verissimo, aliás, vem diminuindo o ritmo de sua produção. Reduziu, já há alguns anos, o número de jornais para os quais escreve - se antes, chegou a publicar em dez periódicos, hoje concentra-se em três: O Globo, Estado e Zero Hora. E pensa, inclusive, em se aposentar."Penso em parar de escrever. O problema é que o dinheiro que ganho com os direitos autorais dos livros não é o suficiente para garantir minhas contas."Os leitores, aliás, já podem notar sua ausência em eventos literários. "Vou a lançamentos mais por causa da editora. Não é por prazer, pois sou caseiro e evito badalações", conta. De onde vem, então, a inspiração para os textos se ele tem se mantido mais reservado? "Às vezes, de um filme ou de uma música", diz. "Aliás, eu preferiria ser músico a escritor", revela ele. "Mas como eu escrevo melhor do que toco saxofone, vamos deixar as coisas como estão."Na casa do escritor, em Porto Alegre (RS), num porão de pedra, há vários instrumentos. Curiosamente, apesar da paixão pelo jazz, não há sequer uma crônica em sua nova obra cujo tema seja a música. No livro Em Algum Lugar do Paraíso, o autor repete a fórmula já consagrada em seus trabalhos: a de abordar situações cotidianas. Algo que faz, inclusive, em seus cartuns. Vem dessa última abordagem um dos textos mais inspirados da obra. Em Cafarnaum fala do encontro entre Guizael, dono de uma taberna, e um homem capaz de multiplicar peixes e pães, e transformar água em vinho. A história - contada em linguagem textual similar à bíblica - desenvolve-se quando Guizael tenta convencer o homem a fazer uma parceria financeira com ele. Outro destaque é Microfone Escondido, em que o casal Leonor e Ataíde resolve esconder um aparelho desses no elevador do prédio só para descobrir o que os amigos pensam deles. Toda vez que fazem um jantar para um casal de convivas, há uma nova descoberta, revelada pelo microfone antes destes chegarem ao apartamento ou quando estão descendo o elevador rumo à rua. O resultado é um sucessão de confusões e mágoas, temperada pelas construções simples (mas não simplistas) e certeiras do escritor.Por meio do humor,o autor acaba desvelando as idiossincrasias humanas. Em Pato Donald, Sérgio e Dulce, casados há 25 anos, reveem suas vidas quando o homem conta que, apesar de ter rido a vida inteira das piadas do personagem americano, admite que nunca entendeu patavinas do que ele falava. A confissão ganha, então, ares de crise existencial. E, enquanto discutem, Dulce fica preocupada, porque o zíper do vestido que sempre lhe coube está difícil de fechar.Outro exemplo interessante de narrativa é Versões. No texto, um homem entra em um bar e começa a imaginar o que teria sido de sua vida se ele tivesse feito um teste para jogar no Botafogo. De repente, surge, ao lado dele, uma versão de si mesmo que fez o tal teste. As perguntas se multiplicam e, consequentemente, mais versões dele aparecem. Nessa crônica,Verissimo toca num de seus assuntos mais caros: o futebol. Torcedor do Internacional e da Seleção, ele se preocupa com a Copa de 2014 no Brasil."Espero que as obras fiquem prontas a tempo." E fala que irá aos jogos. Até lá, terá 78 anos, Vale torcer para o pique se estenda também à escrita. Ou a literatura ficará órfã do depressivo mais bem-humorado de que se tem notícia."Em Algum Lugar do Paraíso"Luis Fernando Verissimo Editora ObjetivaPreço: R$ 36,90

O PENSAMENTO DO DIA

Infelizmente, todo o homem senti o máximo de prazer, quando vislumbra a possibilidade de obter um privilégio.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

BRUNA LOMBARDI E A MENSAGEM ABERTA AOS SENADORES E AOS BRASILEIROS

FLORESTAS FORA DA LEI

Por Ennio Candotti, Maria Teresa Fernandes Piedade e Wolfgang Junk
O projeto de lei do código florestal, ora em tramitação no Senado, reduz drasticamente a proteção das áreas úmidas em geral e das florestas inundáveis em particular. Cerca de 20% do território brasileiro é coberto por áreas úmidas. Florestas inundáveis representam uma grande parte das florestas do país. Estudos científicos recentes indicam que só nas várzeas e igapós da Amazônia elas ocupam áreas de cerca 400 000 km2. Devido ao particular regime de chuvas e características de relevo de nosso país, os desníveis entre a época de cheia e de vazante da maioria dos igarapés e rios brasileiros é de vários metros, atingindo mais de dez na Amazônia. As áreas inundáveis ao longo dos rios, recobertas por florestas ou outros tipos de vegetação, chegam, em muitos casos, a cobrir centenas de quilômetros quadrados. Estas áreas são protegidas pela legislação atual que as considera propriedade da União (Constituição Art 20 ) enquanto pertencem ao leito dos rios, entendidos ( há mais de cem anos ) como a calha compreendida entre as margens altas. Estas são definidas como a linha média das margens das vinte maiores cheias registradas (subtraidas as extremas). Utiliza-se a cheia como referência básica uma vez que, tomando outra linha de referência - mais baixa - teríamos um leito do rio de margens variáveis ao longo do ano, o que atribuiria ao patrimônio da União um caráter flutuante! O novo projeto de Código Florestal (PLC 30) redefine (Artigo 3º inc. IV) o leito do rio como sendo “a calha por onde correm regularmente as águas durante o ano”.Sendo que no Art 4 considera as Áreas de Proteção Permanente: “as faixas marginais de qualquer curso d’água natural, desde a borda da calha do leito regular”... definindo depois as suas larguras mínimas de acordo com esse leito. O que significa regular em uma hidrografia muito irregular como a nossa? Se esta definição de leito do rio prevalecer não apenas o patrimônio da União ficará subtraido de centenas de milhares de km2 como também as Áreas de Proteção Permanente recuarão drasticamente. Ao imbroglio Constitucional deverão se acrescentar os danos ambientais decorrentes desta equivocada caracterização dos nossos rios e da consequente redução das áreas inundáveis atualmente protegidas. As águas que na Amazônia podem alagar por 270 dias por ano extensas áreas de floresta, recuam na vazante para apenas 20% da área ocupada na cheia. Nestas épocas estocam grande quantidade de água que, na estiagem, contribui com mais de 30% da vazão dos principais rios. Além de estocarem água, as áreas alagáveis atuam na sua limpeza, recarregam o lençol freático, regulam os ciclos biogeoquímicos e o clima local. O mesmo acontece com as savanas alagáveis no cerrado como, por exemplo, aquelas do Pantanal, as savanas dos rios Araguaia e Guaporé, e as savanas alagáveis de Roraima. Danos causados às florestas alagáveis e seus ambientes reduziriam dramaticamente a capacidade de estoque das águas com consequências gravíssimas para a vazão dos rios. As florestas alagáveis são únicas no planeta uma vez que sua vegetação está adaptada às condições de inundação (períodos estes em que há uma pausa em sua capacidade de absorver carbono!) e abrigam uma singular variedade de espécies vegetais, estimada, só na Amazônia, em cerca de mil e quinhentas espécies. Por outro lado a vegetação destas florestas é também responsável pela manutenção e expansão da biodiversidade vegetal e animal, incluindo muitas espécies endêmicas. Estudos recentes sublinharam a grande importância dessas formações nos balanços de carbono regionais. Deve-se por fim observar que as áreas alagáveis são habitadas, por vezes intensamente, por comunidades que vivem em palafitas ou em flutuantes e que obtêm seu sustento por meio de atividades econômicas adaptadas às áreas periodicamente alagadas. Estima-se que cerca de 60% da população rural da Amazônia está concentrada nas várzeas, áreas alagáveis de maior fertilidade. Estas populações desenvolvem atividades de agricultura familiar com propósitos econômicos e de subsistência: pesca, criação de animais e extração de produtos madeireiros e não madeireiros. Populações tradicionais e indígenas vivem também há centenas de anos no Pantanal do Mato Grosso, extraindo seu sustento de atividades similares. As comunidades que habitam as áreas alagáveis vivem em terras da União, muitas vezes concedidas a eles em comodato pelo Governo. A elas deveria ser garantido o direito de uso desses ambientes, assegurando também sua integridade ecológica e múltiplas funções. Somente dessa forma essas populações poderão continuar a exercer seu direito de plantar, pescar e colher para fins não apenas de sustentação mas também de geração de renda. A modificação proposta na nova versão do código Florestal em tramitação colocará em risco esse direito, como também contribuirá para a degradação desses ambientes únicos do Brasil.
Cabe por fim mencionar que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas, o IPCC, prevê entre outras mudanças climáticas, mais chuvas nas épocas chuvosas e épocas secas mais pronunciadas para grandes partes do território nacional. Áreas úmidas bem conservadas atuam como esponjas na paisagem. Elas estocam a água na época chuvosa e a liberam na época seca.
Esta função é indispensável para reduzir os impactos negativos das mudanças climáticas tanto para a agricultura e o meio ambiente como para o abastecimento da população com água potável. Por isso, a proteção das áreas úmidas não é só uma questão ecológica, mas também uma questão nacional relevante para a economia e a sociedade. Trata-se de 20% do nosso território! Mais de um milhão de quilômetros quadrados, hoje, ainda, de propriedade da União. Ennio Candotti é físico e diretor geral do Museu da Amazonia (Musa)
Maria Teresa Fernandez Piedade é membro do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia
Wolfgang Junk é membro do Instituto Nacional de Ciencia e Tecnologia em Áreas Umidas (INCT-INAU)

CHIPS PARA CONTROLAR TRABALHADORES

Não é a toa que, segundo a OIT - Organização Internacional do Trabalho, em 2020 o maior motivo de afastamentos no trabalho será por causa de problemas mentais.Espanha investiga empresa sobre uso de chips para controlar funcionários Batizado de "acelerômetro",microchip dispara um alarme quando detecta falta de movimento dos trabalhadores da SchindlerBBC Brasil 17/11/2011 08:53 O Ministério do Trabalho da Espanha está investigando acusações de que uma empresa estaria usando microchips instalados nos celulares de seus funcionários para saber quanto tempo eles ficam parados durante o serviço.Segundo a denúncia, apresentada por empregados da companhia de elevadores Schindler-Catalunha e pelo sindicato regional, o chip emite um sinal que dispara um alarme em uma central quando detecta falta de movimento do trabalhador por um período de dez minutos.O microchip, batizado de "acelerômetro",é acoplado no celular e funciona com um sensor. O telefone deve estar em um bolso, cinto ou em qualquer parte junto ao corpo para identificar os movimentos. Além de fazer soar um alarme após dez minutos de paralisação,o sistema também informa, graças a um GPS, onde o trabalhador se encontra em tempo real durante as horas de atividade. O sistema de microchips começou a funcionar em abril passado, mas a queixa foi apresentada oficialmente há algumas semanas pela União Sindical Operária da Catalunha (USOC) e pelo comitê sindical da filial da Schindler ao Ministério do Trabalho e à Secretaria de Trabalho do governo regional. A secretaria deu razão aos funcionários e ordenou a retirada dos chips, por considerá-los uma forma de controle. 'Segurança'A Schindler não emitiu nota à imprensa. A assessoria de comunicação da filial espanhola informou àBBC Brasil que recorreu da ordem da Secretaria de Trabalho do Governo da Catalunha, afirmando que o sistema "é um mecanismo de proteção e não de controle aos trabalhadores"."O acelerômetro é um mecanismo de segurança. Se um operário de manutenção sofre um desmaio, perda de consciência ou qualquer problema, o alarme atua como grande ajuda para os técnicos",disse o diretor de Relações Trabalhistas da Schindler-Catalunha, Juan Carlos Fernández, à imprensa espanhola. Mas os funcionários e a USOC não aceitam essa explicação. Em nota à imprensa, o advogado da União Sindical,Luis Méndez, disse que o objetivo da companhia é "controlar os trabalhadores através de um dos piores métodos já vistos, como se estivéssemos em séculos passados".Segundo o comunicado, a maioria dos trabalhadores que assinaram a denúncia é responsável por inspeções de elevadores e peças nos escritórios e residências dos clientes. Por isso,eles seriam os mais controlados para trabalhar sob pressão e com velocidade.Isso justificaria também a inclusão do GPS que indica onde está o funcionário em cada instante, na opinião do advogado."O dispositivo não é um mecanismo de segurança ou de proteção individual porque não está inserido num plano de avaliação de riscos e resgates de acidentes de trabalho. É um claro exemplo de método de controle e pressão sob os trabalhadores", diz a nota. A União Sindical afirmou ainda que o Ministério de Trabalho já emitiu uma nota de infração à empresa, pedindo a retirada dos microchips dos celulares. O ministério confirmou à BBC Brasil a denúncia e a inspeção, mas respondeu que só haverá pronunciamento oficial quando houver resolução do caso.Fonte: http://economia.ig.com.br/espanha-investiga-empresa-sobre-uso-de-chips-para-controlar-func/n1597371707121.html

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

QUESTÕES QUE DEVERIAM SER ELEMENTARES

1 - O que tem os homens dentro de si?
- A compaixão.
2 - O que não sabem os homens?
- O futuro.
3 - O que faz viver os homens?
- O amor.

OS DESENCONTROS HUMANOS CULMINAM COM A GUERRA

Quando o homem não mais entende as palavras de seus semelhantes, essa incompreensão geral vai criando um ambiente de intranquilidade que rompe os limites do individual e agita o plano comum à todos. É muito difícil manter o pensamento sereno, no meio dos acontecimentos, cuja força, embora provocada pelo próprio homem, transcende as ações particulares.
Cada um de nós é responsável pelas angústias de seu tempo. A criança que se curva sobre o vazio, o horizonte fechado, sem perspectivas, a falta de sentido nos movimentos, a irreversibilidade do gesto acabado, o homem que busca o desespero como um fim - tudo isto é obra nossa, do pensamento, das palavras e das ações de cada um de nós.
Nunca deixaremos, é verdade, num certo sentido, de ser solidões impenetráveis.
Contudo, esta pungente necessidade de isolamento não quer dizer que o homem deva fugir à tomada de consciência.
Quando o mundo chega a um ponto de desencontro como o de nossos dias, é porque a própria solidão está ameaçada.
Participar das tragédias de sua época é, por isto, um gesto de defesa, uma compreensão nítida do significado exato da pessoa humana.
(Autor desconhecido)

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O GATO E O GALO

Um gato queria ter uma boa razão para devorar um galo que caiu em suas garras.
- À noite - acusou-o -, teus gritos não deixam os homens dormir.
O galo se defendeu:
- É um serviço que lhes presto, chamando-os a seus deveres.
O gato não se abalou e acusou o galo de ultrajar a natureza por não respeitar nem a mãe nem as irmãs.
O galo respondeu:
- Isso reverte mais uma vez para o bem de meus patrões: eles têm assim ovos em abundância.
Os pretextos especiais de nada servem quando o celerado, desavergonhadamente, está decidido a fazer o mal.
(ESOPO - Século VI a. C.)

terça-feira, 8 de novembro de 2011

SOB OS NOSSOS OLHOS...TUDO ACONTECE...

Pois é, tudo acontece sob os nossos olhos, com o nosso consentimento.
Só nos causa comoção ou o ódio se o nosso time do coração, perde um jogo ou um campeonato.
Vamos prá rua, batemos nos torcedores de outros times, e quebramos tudo que aparecer pela frente. É um salve-se quem puder.
Definitivamente, como dizia Nélson Rodrigues, " o brasileiro só é solidário no câncer". Eu diria mais, solidário na Parada Gay, no carnaval e nos movimentos religiosos. Na participação política, na luta pelos seus direitos constitucionais, é omissão total.
O desprezo aos fatos que geram tamanha corrupção na política e na desigualdade social é madeira de dar em doido.
Nada justifica nossa negligência existencial.
Jesus acende a luz!

SÓ...

SÓ SE PODE AMAR O QUE SE RESPEITA.

OS ERROS...

Os erros são alimento para as batalhas que virão.
Os obstáculos existem não para que capitulemos diante deles, mas para os vencermos.
Devemos ter o maior respeito e interesse por tudo que diz respeito à política. É um dever natural de todo o cidadâo consciente, que acredita que pensa.
Quem não participa e diz que não entende de política perde o direito a qualquer crítica, a qualquer reivindicação.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011